O melaço de cana é um produto tão versátil que sua utilização vai muito bem até mesmo em realidades abaixo d’água, como na aquicultura e, mais especificamente, na carcinicultura.
A carcinicultura consiste na criação de camarões e compõe um sistema produtivo robusto, sendo reconhecida como a principal alternativa para aumentar a oferta de pescado. De fato, é uma atividade representativa e frequentemente são cultivados os camarões peneídeos.
A principal espécie cultivada na carcinicultura brasileira é o Litopenaeus vannamei, um camarão com características interessantes para a produtividade. Visando produzir de forma sustentável na atividade, temos que a utilização da ração ainda é ponto delicado nessas criações, já que constitui o principal custo produtivo, além de refletir na degradação do ambiente e na qualidade da água em que os camarões vivem.
Conhecer melhor a atividade, os pontos que podem ser melhorados, inclusive com opções viáveis e de baixo custo, é o objetivo deste artigo. A oferta de melaço na composição alimentar das estruturas de criação é uma dessas alternativas. Se você quer entender mais a respeito, leia o artigo na íntegra.
A realidade na carcinicultura
No Brasil, a escolha do L. vannamei como principal espécie cultivadase deu devido a algumas características importantes, tais quais:
Alto grau de rusticidade;
Rentabilidade;
Bom crescimento;
Conversão alimentar adequada;
Boa aceitação no mercado internacional;
Condições edafoclimáticas nas diversas regiões, especialmente no Nordeste.
Destaque para a espécie mais presente na carcinicultura brasileira: o Litopenaeus vannamei.
Dessa forma, considerando a escolha do melhor camarão para cultivo, entende-se que o ambiente de produção é o próximo fator que pode afetar a sua criação.
A adubação não se limita apenas a ambientes de cultivo na terra. A fertilização dos ambientes aquáticos também é uma prática comum e constitui uma ferramenta importante nesse método de produção.
Para estimular a abundância do fitoplâncton, são adicionados nutrientes à água que favorecem a proliferação bentônica e a formação de agregados microbianos. Esse mecanismo de enriquecimento ambiental interfere na produtividade natural e no crescimento dos camarões.
Diante dessa realidade, existe a preocupação com a sustentabilidade da produção, ou seja, minimizar a renovação de água. Para isso, contribuições com alimento natural, incrementando a biossegurança e reduzindo ao máximo a possível a dispersão de ração e o impacto ambiental, são alternativas satisfatórias que têm tido uma crescente adesão. Já existem, inclusive, fazendas de camarão marinho que não realizam trocas de água ou que reduziram isso ao máximo.
Como chegar em um nível de produção sustentável com o melaço?
Uma vez entendido como funciona a realidade produtiva da criação de camarões em nosso país, bem como essa criação tem exigido cada vez mais ambientes controlados e com o mínimo de impacto ambiental, é interessante entender como o melaço de cana atua nessa realidade.
Para atingir um crescimento de biota predominantemente aeróbica e heterotrófica, a fertilização dos ambientes aquáticos precisa ocorrer com fontes ricas de carbono orgânico associadas à aeração constante do ambiente de cultivo. É nesse contexto que que entra o melaço da cana.
A intensificação da criação de camarão e o papel do melaço
Criar camarões L. vannamei requer preocupação com uma comunidade planctônica bem desenvolvida, uma vez que ela será utilizada na alimentação dos camarões e conferirá compostos nutricionais importantes.
O ambiente que a criação de camarão exige deve ser controlado, sendo fundamental a presença de microrganismos como os plânctons.
Esses plânctons, ou seja, os microrganismos presentes no ambiente são importantes para a produtividade primária, além da composição alimentar, uma vez que:
Realizam a ciclagem dos nutrientes;
Atuam em favor da qualidade da água;
Favorecem o controle de doenças;
Reduzem o impacto dos efluentes no meio ambiente.
Ao intensificar a produção desse microambiente na criação de camarões, o uso do melaço atua em favor dos criadores.
Incluir melaço em sua criação de camarão deve ser um manejo assistido por seu responsável técnico, que irá garantir a segurança do processo para cada caso específico.
O melaço contém elementos minerais e vitaminas, sendo uma alternativa mais barata que a glicose e, ainda, potencializa o crescimento das bactérias. O teor de carbono orgânico do melaço está em torno de 20 a 30%. Assim, a sua adição como fonte de carbono suplementar no cultivo dos camarões é um benefício, considerando o seu custo e a sua fácil aplicação.
Associado a isso, temos que o melaço atua como promotor de crescimento bacteriano em viveiros de cultivo, sendo eficiente em reter nitrogênio que, em conjunto com um sistema eficiente de aeração, estimula o desenvolvimento de bactérias heterotróficas.
Mas, afinal, qual a serventia das bactérias heterotróficas? Segundo a Embrapa, essas bactérias são benéficas ao sistema digestivo dos camarões, melhorando a absorção de nutrientes e a conversão alimentar.
Conclusão: conheça melhor o melaço de cana
É fato, portanto, que o melaço de cana é uma excelente opção para o cultivo de camarões em nosso país. Como a oferta é abundante, devido às extensas plantações de cana-de-açúcar, o custo é super acessível e os benefícios do seu uso são bastante expressivos.
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