Os bezerros recém nascidos não contam com o pleno funcionamento do seu processo de digestão do rúmen. O desenvolvimento deste órgão depende da ingestão de alimentos sólidos, fermentados por bactérias.
Por isso, para reduzir os custos de se manter os bezerros com uma dieta líquida, costuma ser complementado com concentrados à base de milho, alimento de alto valor energético, e também por fontes de proteína, normalmente o farelo de soja.
Porém, segundo a Exame, pesquisadores do Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), em Piracicaba (SP), buscaram uma alternativa melhor e mais barata para este complemento alimentar. O ingresso de melaços foi uma dessas descobertas. O melaço de cana é um co-produto líquido que se obtêm da fabricação do açúcar cristalizado, do melado ou da refinação do açúcar bruto que até a metade do século passado não tinha grande aproveitamento, o produto era despejado em estradas de terra de acesso às usinas ou em “carreadores” de plantação de cana, para compactação do solo. Você pode conhecer um pouco mais sobre as outras aplicações do nosso produto e mais especificamente na pecuária.
“Procuramos alternativas que ajudem a diminuir o custo de produção e a regularizar o consumo alimentar pelos bezerros. O consumo do complemento é por vezes desequilibrado – com picos seguidos por dias sem se alimentar –, possivelmente devido à acidose ruminal.
Trata-se de um distúrbio metabólico provocado pelo alto teor de amido (abundante no milho), que acaba comprometendo o consumo de alimento sólido, retardando o desenvolvimento do rúmen”, afirma Carla Maris Machado Bittar, professora da Esalq/USP que conduziu o projeto.
Além de serem uma ótima alternativa economicamente, interessante e que não cause nenhum dano à saúde animal, esses ingredientes têm potencial para colaborar com a saúde do rúmen. O melaço oferecido pela Melaços Brasileiros, melhora a palatabilidade dos concentrados e, após ser fermentado, produz ácido butírico, capaz de estimular o desenvolvimento do rúmen, afirma Bittar. Além de líquido, a Melaços também oferece o produto em outros estados físico como em pó, em diversas embalagens.
Além de abordar a questão da economia agronômica e da preservação do rúmen, a conclusão da pesquisa afirma que desenvolver o rúmen mais cedo pode resultar em maior consumo de alimentos, o que, por sua vez, colabora para uma produção mais eficiente no caso das vacas-leiteiras.
Fonte: Exame
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